As profissões do futuro e suas relações com o ensino das artes

A pandemia acelerou a chegada do futuro, mas de qualquer forma, ele já estava próximo. As inovações tecnológicas, inteligência emocional, automação, bio e nanotecnologia.

Tudo isso exige novos conhecimentos.

Um estudo de 2016 estima que 65% das crianças que estão hoje no ensino primário, terão empregos que nem existem ainda. Esse estudo foi divulgado, em relatório do Fórum econômico Mundial, que também prevê que, até 2025, a automação e a divisão do trabalho entre humanos e máquinas fecharão 85 milhões de empregos no mundo em empresas de médio e grande porte em 15 setores e 26 economias, incluindo o Brasil. No relatório de 2019, O Fórum apontou o que seriam as 10 habilidades do profissional do futuro.

Então, quais são essas habilidades que crianças e jovens precisam desenvolver hoje para garantir seu futuro profissional e o que isso tem a ver com o ensino das artes?

 

Antes da falar sobre as habilidades do futuro suas relações com os ensinos das artes, presta atenção nessa informação:

Em um painel sobre educação em Davos – local onde acontece o Fórum Econômico Mundial  – Participantes apontaram a desconexão entre o que as empresas precisam e o que os programas de educação estão, de fato, trabalhando.

Eles afirmam que existe um amplo consenso de que precisamos de grandes esforços para preparar as pessoas para novos os empregos e habilidades demandadas, mas ainda há poucas iniciativas efetivas para preparar as pessoas para essas habilidades futuras.

Segundo os economistas participantes do fórum : “Agora, a escola não garante que você aprenderá; aprender não significa que você terá as habilidades para o mercado de trabalho e ter as habilidades não significa que você terá um emprego – hoje a rota é mais complexa”.

 

Por outro lado, o ensino das artes na escola sempre teve o status de  atividade complementar. Uma matéria de importância menor.  Mas se começarmos a pensar melhor sobre as habilidades que serão demandadas dos profissionais do futuro, tudo indica que vamos ter que olhar para as artes de outra forma.

No fundo, as artes sempre foram essenciais para o desenvolvimento humano. Mas agora que as habilidades dos profissionais do futuro que podem ser desenvolvidas e potencializadas através da prática e exercício artístico, as artes acabam ganhando uma perspectiva utilitária.

E nesse mundo parece que só o que comprovadamente útil tem valor.

As artes são meios de expressão subjetiva. Nossa capacidade de criar infinitas narrativas, e de comunicar com as mais variadas ferramentas, seja um pincel, a argila, ou nosso próprio corpo é o que nos faz humanos. Apesar de muitos acharem que sim, nós não podemos sobreviver sem a possibilidade de subjetivar a vida.

Mas é possível também ser bem objetivo no que diz respeito à importância das artes na educação, por exemplo:

A frase a seguir já é senso comum: O estudo da arte é importante porque auxilia no desenvolvimento de diversas habilidades, dentre elas: Foco e concentração; Criatividade; Disciplina; Percepção; Senso crítico; Improvisação; Comunicação; Integração social; Imaginação;

Então vamos saber quais são as Habilidades do profissional do futuro e como você pode desenvolvê-las através do ensino das artes:

Eu vou dar alguns exemplos direcionados ao ensino do teatro porque essa é a minha especialidade do grupo Teca, do qual faço parte. Mas tenho certeza que outras modalidades artísticas poderão oferecer os mesmos benefícios.

Vamos começar pelo mais óbvio: Criatividade.  E não só a criatividade intelectual, mas também corporal, de ações f[isicas. No teatro, experimentamos ver o mundo de ângulos muito diferente e nossa relação com o ambiente e nosso corpo é explorada de diversas formas.

E tais exercíccios vão culminar em outra habilidade muito apreciada que é a flexibilidade cognitiva. A habilidade que faz você pensar fora da caixa e criar soluções inventivas quando acontecem imprevistos. Saber improvisar.

O treinamento da improvisação é excelente para treinar nossa mente para aprontidão, o pensamento rápido e também para outra habilidade citada no relatório que é a Resolução de problemas complexos. Numa improvisação, podem ser propostos problemas e conflitos que os participantes são levados a resolver. O que leva a aumentarmos nossa capacidade de julgamento e tomada de decisões, outra habilidade demandada dos profissionais do futuro.

O teatro é uma arte colaborativa. Uma cena, peça de teatro, espetáculo só funciona se for feita em equipe e cada um dentro dessa engranagem tem grande importância. Desde o figurante ao operador de som. Por isso podemos aprender bastante sobre gestão de pessoas, coordenação de equipe, negociação e orientação para servir. Esta última habilidade está relacionada a um movimento em direção ao outro, mas também a uma noção do coletivo. Trata-se da capacidade de identificar a necessidade do outro ou do ambiente e de fazer algo para suprir essa falta.

Estamos falando de empatia. As narrativas criadas em sala de aula ajudam na construção de um pensamento crítico e no desenvolvimento de uma das habilidades mais importantes no futuro: a Inteligência emocional.

No presente, precisamos da arte para ressignificar esse tempo.

No futuro, precisaremos da arte para configurar um novo mundo, afinal é

muito mais difícil automatizar funções que envolvam o pensamento criativo

 e a inteligência  inteligência socioemocional.

Mas como a gente aqui do Teca acredita que A arte vai muito além da sua perspectiva utilitária, nós esperamos que o futuro em que tais habilidades desenvolvidas através das artes possa também nos trazer sensibilidade, humanidade e empatia.

 

 

 


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